terça-feira, 12 de janeiro de 2010
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Nasceu em 1975 em Almada. Escreveu o seu primeiro conto aos sete anos. Aos doze completou o seu primeiro romance. Na escola revelou desde cedo um enorme interesse pela literatura e gosto pela biologia.
Ganhou aos catorze anos o primeiro lugar num concurso de escrita criativa com o poema Liberdade, tendo recebido o prémio das mãos do ilustre e saudoso escritor Manuel da Fonseca. Momento que jamais esquecerá.
Publicou a sua primeira obra literária em 2000, no género de poesia.
Em 2002 completou a sua formação académica em biologia na Faculdade de Ciências na Universidade de Lisboa.
Desempenhou um cargo político no mandato 2005-2009 numa Junta de Freguesia onde se envolveu activamente em actividades com a comunidade.
Cria em 2009 a colecção “O Baú Encantado”, da qual publica agora o primeiro volume “Maria, a Abelha do Mar”.
Nasceu em Lisboa em 1970.
Licenciado em Design Gráfico pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa.
Cartonista e ilustrador do Jornal Record, Correio da Manhã e colaborador da SIC Notícias programa Tempo Extra.
Desde o início da sua carreira, Carlos Laranjeira foi distinguido com os mais diversos galardões.
Publicou, na área do cartoon, os seguintes livros: Cartonilhas- Cartoons e Gazetilhas do desporto, com Mendonça Ferreira; Rostos do Mundo – volume 1 –Políticos e volume 2 – Músicos; Euro de Caretas, Caretas do Mundial, Caretas do Benfica, Caretas do Sporting e Caretas do Porto.
Publicou o álbum “Aquaventura em Almada” em Banda Desenhada. Participou na CowParade Lisboa 2006 com o projecto “Cândida Charneca”. Criou personagens e espaços da série de animação Gombby.
E é mesmo verdade. Cada livro é um filho que damos à luz. Uns são profundamente planeados enquanto outros surgem assim, tão espontaneamente, que já nos sorriem quando damos por eles.
É verdade que todos merecem uma atenção especial, uma fase de interiorização e de pesquisa. Isso é imprescindível, mas uns requerem-no mais do que outros.
E, tal como um filho, nós amamo-los muito.
Um novo livro tem um rosto, um carácter, uma vontade própria.
Primeiro, ele persegue-nos por dentro, dando-nos pontapés na mente para que o ponhamos no mundo.
Depois, ele abre as suas asas e voa para bem longe, alcançando territórios que nem podemos imaginar.
Cabe-nos a nós vê-lo partir. Conferindo-lhe a liberdade que almeja.
A Colecção “O Bau Encantado” foi criada em 2009, depois de ter terminado a “Maria, a Abelha do Mar”.
A “Maria” começou por povoar a minha imaginação em Março de 2009. Inicialmente, ela revelou pouco sobre si. Apenas me induziu a escrever e pesquisar sobre as abelhas, mais especificamente sobre a abelha-de-mel, nome científico Apis mellifera.
Coisa que fiz prontamente. Até porque, sendo bióloga, satisfaz-me saber sempre mais sobre plantas e animais.
A “Maria” também me segredava qualquer coisa sobre o mar, mas as suas expressões eram inicialmente muito vagas.
Coube-me a mim a tarefa de a conhecer melhor e ao seu precioso mundo, através das múltiplas leituras que fiz sobre as abelhas e a visualização de (talvez) centenas de imagens sobre elas.
Mas... e o mar?
Como é que o mar se encaixava numa história sobre abelhas?
Um escritor sofre de ansiedade. É verdade. É que, por mais que saibamos sobre as nossas personagens, elas só se revelam quando assim o entendem. Têm vida própria dentro de nós e é isso que as torna admiráveis.
Depois de ter recolhido a informação necessária – o que devo dizer que sem dificuldade nenhuma porque, sem saber como, ela também me surgia à frente, o que acho incrível – uma breve ideia da história foi surgindo na minha mente.
Depressa a “Maria” ganhou espaço em mim e cresceu, levando-me para dentro desse seu mundo que tanto prazer me deu de escrever.
Claro que só no fim é que ela me revelou o significado do mar. Também eu fui vítima deste suspense.
Mas valeu a pena.
A “Maria” é mesmo uma abelha muito especial.
Curiosamente, quando estava a meio da história fui surpreendida por dois factos que quero partilhar convosco, pela grande importância que eles suscitam.
Primeiro, ao abrir um canal da televisão tomei conhecimento do perigo de extinção que esta espécie hoje atravessa; um pouco por todo o mundo ela está ameaçada e a desaparecer e, para piorar ainda mais a situação, os cientistas ainda não têm dados conclusivos sobre os motivos deste fenómeno.
Freneticamente, recolhi todos os dados que consegui sobre isto. Começava a compreender a importância de “a trazer” para o mundo. E foi quando encontrei a circular livremente na internet a célebre frase de Einstein.
“ Se as abelhas desaparecerem da face da Terra ao homem apenas restarão mais quatro anos de vida.
Sem abelhas não haverá polinização, pelo que deixará de haver plantas e animais e extinguir-se-á, também, a Humanidade.”
Nesse momento, muni-me de todas as minhas ferramentas e “dei à luz” a “Maria”, sem demoras.
Foi neste contexto que a “Maria, a Abelha do Mar” nasceu.
A ideia da Colecção surgiu depois. Quando quis registar a “Maria” percebi que ela não queria existir sozinha. Queria ter irmãos. E, a pouco e pouco, também “eles” se foram mostrando na minha mente.
Como todos “eles” provêm desse mundo privilegiado e encantado, que me deixam visitar quando escrevo sobre “eles”, chamei à colecção “O Baú Encantado”.
Neste momento, a “Maria” tem mais três irmãos. Serão três novos volumes que já têm nome. Por ser prematuro, não os revelo já aqui, mas afianço-lhes que estão despertos na minha mente e que um deles está já bastante avançado.
É assim, com enorme prazer, que vos dou a conhecer a “Maria” e a colecção.
Espero, do fundo do meu coração, que tenham tanto prazer em ler a sua história como eu tive em escrevê-la.
E... porque tenho sempre dificuldade em responder a esta questão que, tantas e tantas vezes, me colocam, esta colecção é dedicada a todos aqueles que a quiserem ler e partilhar, jovens e menos jovens. Dos 8 aos 80, como o meu grande amigo Carlos Laranjeira diz.
Embora faça um esforço neste sentido, não dirijo especificamente a minha escrita a nenhum grupo ou faixa etária especial. Gosto muito de crianças porque são maravilhosas e por isso dediquei-lhes esta obra. Também porque compreendo que só uma criança, com a sua pureza, consegue auscultar verdadeiramente estes mundos subtis e encantados que acredito francamente existir. Mas dedico sobretudo a todas as maravilhosas crianças que nos abraçam por dentro, independentemente da idade.
Também quero aqui partilhar convosco a amizade revelada e o grande mérito do Carlos Laranjeira. Uma pessoa extraordinária e um ser humano singular. Que eu tenho a honra de conhecer.
Sem ele e sem o seu ENORME e EVIDENTE talento como ilustrador a “Maria” não estaria completa.
Expresso assim, também no nosso blog, o meu profundo reconhecimento pelo seu trabalho, aliás genial.
Obrigada Carlos! E, sobretudo, obrigada por aturares o meu mau feitio.
Obrigada por teres tanta paciência para leres as minhas gigantescas histórias, sempre com um sorriso estampado no rosto.
Obrigada pela tua fé e por todo o teu apoio.
Bem-haja.
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